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O CIEP 465 foi implantado em 27/06/94 e inaugurado pelo governador do Estado do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, em ato público no Rio de Janeiro.Ao ser implantado, à rua Edval Barcelos, nº 220, no bairro de Caxias, município de Quissamã, o CIEP era uma escola de educação integral atendendo a alunos oriundos dos bairros com população carente.Tinha como Diretora Geral Roseli Barreto Monteiro, Diretora Pedagógica Anna Maria de Oliveira Nascimento, Diretora Comunitária Ana Beatriz Pereira Chagas Barcelos e depois Alexandra Gomes Mathias Neto e Diretora de Manutenção, Dalila Soares Pereira.O processo de municipalização do CIEP se iniciou em 13/12/95, devido a necessidade de ampliação da rede municipal, recebendo o nome de Amilcar Pereira da Silva.O CIEP é um prédio de estrutura gigantesca com Biblioteca, Refeitório, Cozinha, Laboratório de Informática, Laboratório de Leitura, Laboratório Odontológico, Sala de Leitura, Sala de Vídeo, Auditório, Oficinas de Dança, Teatro, Artes, Música e 18 salas de aula, Quadra de Esporte.
Bibliografia do Patrono da Escola
Amílcar Pereira da Silva, nasceu no dia 1º de setembro de 1908, no distrito de Chiador, município de Mar da Espanha (Minas Gerais). Filho de Olyntho Pereira da Silva e Rosalina da Costa e Silva.
Seu pai era um Poeta e Educador daquela época (professor contratado por pessoas de recurso para educar seus filhos em suas residências). Este detalhe talvez explique a sua permanente preocupação com a Educação dos jovens de sua terra.
Sua mãe faleceu prematuramente, sendo o seu filho, terceiro de sua prole, criado por sua madrinha e tia Celica da Costa Mattos, por quem nutria sentimentos profundos de estima e gratidão.
Educou-se na cidade de Mar da Espanha.
Prestou concurso para a Escola de Formação de Oficiais de Realengo, sendo aprovado, mas impedido de freqüentar tal curso, devido à idade.
Posteriormente ingressou no Curso de Engenharia da Escola de Minas e Metalurgia de Ouro Preto, freqüentando até o 2º ano, quando por dificuldades financeiras foi obrigado a abandonar o curso de Engenharia, fato este que marcou profundamente sua personalidade, ao entender nessa oportunidade que naquele Brasil, um estudante pobre, mesmo que inteligente era impossibilitado de completar um curso superior.
Voltando a sua terra natal – Mar de Espanha – veio a seguir a carreira de servidor público, sendo então o Secretário da Câmara de Vereadores local, iniciando assim a sua identidade política.
Em 19 de maio de 1930, casou-se com Iracema Pereira, natural de sua cidade, Mar de Espanha, e deste casamento nasceram oito filhos, que com sua orientação concluíram seus cursos superiores, fato este que constituía sem dúvida, o seu maior orgulho.
Após a revolução de 1935, derrotado, veio para Campos trabalhar no Banco Agrícola Hipotecário de Minas Gerais, onde sua inteligência cedo foi percebida pelos seus chefes.
Em 1939, o Sr. Edilberto Ribeiro de Castro, proprietário maior da Companhia Engenho Central de Quissaman, necessitava de um tesoureiro para a sua empresa, e foi naquele banco que o seu gerente geral, Dr. José Cristiano Ney, foi busca-lo para exercer tal função, por indicação do gerente daquela casa bancária Sr. Lafaete.
Em Quissamã, atingiu postos na administração da Usina local, alcançando finalmente a posição de administrador financeiro desta empresa.
O sucesso de sua vida profissional foi sempre acompanhado de sua grande preocupação, com a educação de seus oito filhos, com o progresso e promoção social de Macaé e especificamente de Quissamã e seu povo, além de sua enorme paixão pela política local, que foi a alavanca para as obras que realizou e auxiliou realizar nestes locais.
Com sua visão futurista, ele e seu amigo João Francisco de Paula, idealizaram e criaram o futuro balneário de Quissamã – a Praia de João Francisco.
Em 1979, por seu pedido aos deputados Marcio Paes e Iltamir Abreu conseguiram que o goveranador Geremias de Matos Fontes, fizesse um acesso ensaibrado para a Praia de João Francisco.
Também, por sua solicitação aos deputados supra-citados, foi realizado o calutamento de toda região circunvizinha à Igreja Matriz de Quissamã e de sua Praça.
Em 1968 foi processado pela Câmara Municipal de Macaé, porque com seu próprio recurso modernizou o Jardim da Praça Brigadeiro José Caetano, em frente a Matriz de Quissamã, fato que muito a envaidecia.
Atendendo a solicitação da Diretoria Provisória do Colégio Cenecista Nossa Senhora do Desterro, passou a chefiar a construção da sede daquele colégio, e com seu dinamismo e liderança, usando recursos da comunidade de Quissamã, de amigos, da Indústria e Comércio de Campos, doações anônimas e muito especialmente com seus próprios recursos, atingindo mais da metade do custo da obra, pôde em 1964, comemorar a inauguração solene da sede desse ginásio, sendo seu presidente até a sua morte, e obra esta que ele considerava sua maior realização.
Estando em construção em Quissamã, o Clube Recreativo e tendo suas obras paralisadas e findadas ao insucesso, foram os diretores daquele clube, novamente encontrar em Amílcar Pereira da Silva o seu chefe de construção, quando novamente sua liderança e desprendimento levaram ao término das obras do Clube Recreativo de Quissamã, inaugurado em 1965.
Em Quissamã sua liderança política junto aos políticos do Estado do Rio, se fez sentir em todos os locais: praticamente foi o responsável pela extensão de toda rede elétrica do Carmo, Piteiras e Freguesia; por seu pedido, iniciou-se o ensaibramento da estrada de Flexeiras, alcançando essa obra até a localidade de Gatu; foi o responsável pela reconstrução das pontes sobre o Canal Campos – Macaé na região da Freguesia e no Bacuráu.
Grande venemérito de sua terra tinha preocupação maior com os seus jovens pobres, a quem nunca negou uma bolsa de estudo no Colégio Nossa Senhora do Desterro, ou um passe gratuito no ônibus, para estudar em Macaé.
Em Macaé foi um dos incentivadores do Colégio Cenecista Antônio Caetano Dias. E posteriormente, ele e seu amigo deputado Célio Borja futuro Ministro da Educação e Ministro do Supremo Tribunal Federal muito auxiliaram na construção desse ginásio, viabilizando sua realização.
Em Glicério, distrito pelo qual nutria grande admiração, auxiliou na construção do Ginásio Cenecista local, vindo também esta obra tornar-se uma das razões de sua existência.
Em Macaé foi responsável direto pela edificação do Fórum local, da edificação da Delegacia e principalmente, por seu pedido ao Governador Faria Lima, reiniciou-se a construção da ponte ligando a cidade de Macaé à Barra, obra polêmica, que em sua inauguração apresentou talvez a maior participação pública do povo macaense, sendo esta sua última obra.
Em Carapebus, foi responsável pela extensão da rede elétrica às localidades de Ubás, Lamuro e Sapecado.
Faleceu na Clínica São Lucas, no dia 9 de março de 1978, devido a úlcera duodenal perfurada, sendo sepultado no Cemitério de Quissamã, em local cedido pelo seu grande amigo Álvaro Carneiro da Silva.
Após seu falecimento, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Faria Lima, através de seu Secretário Hugo de Matos solicitou à viúva do Sr. Amílcar, Dona Iracema, que indicasse, dentre três obras anteriores por ele reivindicada, uma delas que seria realizada como uma homenagem póstuma, tendo sido escolhida pela viúva, na ocasião a Extensão da Rede Elétrica de São José à localidade da Penha.